Edições

Próxima edição: Exibição do Documentário Restrepo - 31 de janeiro

Indicado ao Oscar em 2011, Restrepo documenta a presença de 15 soldados do exército norte-americano no Vale do Korengal, no Afeganistão, em um conflito armado contra o Taliban. Num formato experimental, as câmeras, colocadas entre os combatentes, passam para o expectador a sensação de se estar na própria área de conflito. Essa operação no Vale foi considerada a mais perigosa do exército dos Estados Unidos. A obra foi dirigida pelo fotógrafo de guerra Tim Hetherington e pelo repórter e escritor Sebastian Junger (autor de "The Perfect Storm", história real que deu origem ao filme Mar em Fúria).




Encerrada: Exibição do Documentário Cola de Farinha, com o diretor MaickNuclear 

Em 20 minutos, o documentário Cola de Farinha mostra a arte de rua dos chamados lambe-lambe, vertente que utiliza a colagem de cartazes com mensagens e ilustrações como forma de intervenção urbana. As mensagens vão desde a divulgação de artistas e a transmissão de ideias a protestos muito bem elaborados. Gravado em São Paulo e veiculado na íntegra pela internet, o vídeo foi aclamado antes mesmo de seu lançamento, sendo exibido em diversos cineclubes e cidades pelo Brasil. Direção, edição e câmera por Maicknuclear.




Encerrada: Andrei Polikanov - de 30 de novembro a 20 de dezembro

Nascido em 1961, na capital russa Moscou, Andre Polikanov se formou no Instituto Militar de Línguas Estrangeiras em 1987. Nos seis anos seguintes, como oficial, serviu em várias missões na Angola. No início de 1990, trabalhou como freelancer em territórios da antiga URSS com Anthony Suau, Morris Christopher, Stanley Greene e outros importantes fotojornalistas, produzindo registros para revistas como Time, The New York Times Magazine, Stern, Focus e Paris Match. Entre 1996 e 2007, trabalhou como editor na Revista Time. 

Foto e informações: Bursa Photo Fest


É jurado de vários concursos nacionais e internacionais de fotografia, como o Visa d'Or, Press Photo, Interfoto Rússia e o programa educacional World Press Photo para o Oriente Médio e Norte da África (MENA). Desde 2005, ministra oficinas sobre fotojornalismo na Rússia e em várias partes do mundo. É ainda mentor na Escola Internacional de Verão de Fotografia e na Escola Dinamarquesa de Mídia e Jornalismo. Atualmente, Andrei Polikanov é editor de fotografia da Russian Reporter Magazine.  



Encerrada: Lula Marques - de 28 de setembro a 20 de outubro

Natural de Brasília, Lula Marques trabalhou durante 11 anos no Correio Braziliense. Ainda aos 14 anos, chegou no CB como contínuo, levado pelo irmão mais velho, na época editor de fotografia do jornal. Promovido, atuou como arquivista e, mais tarde, como repórter fotográfico. Em 1987, ingressou na equipe de fotojornalistas da sucursal da Folha de S. Paulo em Brasília, onde hoje é o coordenador de fotografia. 


No currículo, estão várias viagens nacionais e internacionais. Com foco na cobertura política, Lula Marques acompanhou de perto os presidentes da Nova República e importantes fatos ocorridos no Congresso Nacional, como a Constituinte de 88 e o impeachment de Collor. Entre as premiações da carreira estão: Prêmio Folha de Fotografia de 1999, com um flagrante de Pedro Malan durante um desfile de 7 de setembro, em Brasília; e o Esso 2000, com a foto que ilustrou a reportagem "Conflito marca festa dos 500 anos”, mostrando a violência policial contra os índios pataxós na comemoração de cinco séculos do descobrimento do Brasil. 




Encerrada: André Liohn - de 30 de agosto a 25 de julho

André Liohn nasceu em Botucatu (SP) e mora atualmente na Itália. É correspondente de guerra freelancer há mais de uma década, atuando como cinegrafista, fotojornalista, produtor e diretor. Seus vídeos e fotos já foram publicados em grandes jornais e emissoras de TV, como The New York Times, The Guardian, El País, Estado de S. Paulo, Folha de São Paulo, BBC, CNN, Al Jazeera Inglês e France 24.

Foto: Obvious

Além de empresas de comunicação, André Liohn fotografa para a organização de defesa dos direitos humanos Humans Rights Watch. Foi para essa instituição que produziu a série de imagens da cidade sitiada de Misrata, na Líbia. O trabalho foi premiado, em abril de 2012, com o Robert Capa Gold Medal, tornando-o o primeiro brasileiro, e sulamericano, a ser contemplado pelo Prêmio, que existe desde 1955.

Com mais 10 premiados fotógrafos de guerra, Liohn criou o projeto ADIL, que coleta doações para os líbios, a partir da renúncia de direitos autorais de fotos feitas na guerra civil. Como afirma o próprio fotojornalista, seu trabalho vai além do registro e tem como objetivo ajudar o povo líbio. “Acredito que a documentação visual da vida é um fator decisivo na forma como entendemos o mundo ao nosso redor”.


Encerrada: João Wainer - Exibição do doc "Pixo"

Fotógrafo desde os 16 anos, João Wainer começou a fazer foto e vídeo distintamente. Com o lançamento das novas câmeras fotográfica que filmem em alta resolução, viu a chance de unir as duas linguagens. Em 2010, no jornal Folha de São Paulo, onde atualmente é editor de fotografia, produziu suas primeiras experiências de reportagens utilizando fotografia e vídeo, e desde 2011 adotou a nova linguagem editorial.

Foto: Fórum Eletronika

Natural de São Paulo, Wainer foi assistente do fotógrafo Bob Wolfenson em 1994/95 e em 1996 ingressou na equipe de fotógrafos do jornal Folha de S.Paulo. Venceu o Premio Folha de reportagem em 2001 e o Premio Folha de Edição em 2008. É diretor dos documentários “A Ponte” e “Pixo”. Seu vídeo “Marginália” foi exibido no Festival Reencontre d’Arles, na França. Suas fotos fazem parte da coleção Pirelli/MASP de fotografia desde 2008."


Encerrada: Paulo Nunes dos Santos - de 27 de julho a 25 de agosto

Paulo Nunes dos Santos nasceu em Portugal e atualmente reside em Dublin, na Irlanda. Formado na Universidade Autônoma de Lisboa, com mestrado em Ciências da Comunicação/Jornalismo, documenta desde 2002 questões humanitárias e políticas em várias regiões do mundo. Com apenas 35 anos, é testemunha ocular de  acontecimentos sociais no Oriente Médio, África Central, Cáucaso, Sudeste Asiático e América do Sul.


Como freelancer, possui publicações no The New York Times, The Guardian, El País, BBC, New York Post, além de uma variedade de revistas e sites. O fotojornalista é também correspondente internacional do Expresso Português e realiza trabalhos para organizações internacionais de trabalho social e humanitário, como o ACNUR, Landmine Action, Simon Dublin Comunidade e Handicap International.

Fora dos veículos de imprensa, Paulo Nunes dos Santos é membro do Foto Gaia, coletivo formado por fotojornalistas e fotógrafos documentais de vários países. Colabora ainda com a Agência Foto 4SEE. Já realizou diversas exposições, entre elas estão mostras em Londres, Irlanda e Portugal. Conheça mais sobre o fotógrafo no site www.paulonunesdossantos.com.


Encerrada: Evandro Teixeira - de 29 de junho a 21 de julho

Nascido em Irajuba, no interior da Bahia, em 1935, Evandro Teixeira soma 55 de fotojornalismo. Desde o início da carreira, em 1957, foram centenas de coberturas, prêmios internacionais, seis livros publicados e exposições realizadas no Brasil e no exterior. Entre as premiações que recebeu estão o Prêmio Especial da Unesco no Concurso Internacional "A Família", em Tóquio (1993), e os Prêmios do Concurso Internacional da Nikon, no Japão (1991 e 1975), e da Sociedade Interamericana de Imprensa, em Miami (EUA), com a lendária foto “A queda da moto.”

Foto: Sayão, Agência EFE

No primeiro livro lançado, “Fotojornalismo”, estão registros de acontecimentos marcantes, desde a década de 60, fundamentados por textos exclusivos de autores Carlos Drummond de Andrade. Publicou ainda “Canudos, 100 anos” (1997); “O Livro das Águas” (2002), com o impacto do programa de irrigação na vida dos sertanejos do Rio Grande do Norte; “Vou Viver” (2004), com fotos sobre a morte do poeta chileno Pablo Neruda e registros da ditadura chilena da década de 70; e “68 Destinos/Passeata dos 100 mil” (2008), com cenas do Golpe Militar do Brasil.

Em 1994, Evandro teve seu currículo incluído na Enciclopédia Suíça de Fotografia. Suas fotos também integram o acervo de museus da Suíça e da Colômbia, além do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, do Masp e do Museu de Arte Contemporânea, ambos em São Paulo. Realizou exposições individuais nas principais capitais do mundo e em várias cidades do Brasil, além de ser jurado de prêmios nacionais e internacionais de fotografia/jornalismo. Em 2004, teve sua vida e obra retratada no documentário “Evandro Teixeira: Instantâneos da Realidade”. Desde 1963, fotografa para o Jornal do Brasil.


Encerrada: Severino Silva - de 25 de maio a 9 de junho

Nascido em Pirpirituba, sertão da Paraíba, Severino Silva tem uma das trajetórias mais importantes no fotojornalismo brasileiro. Com 53 anos de idade e 22 anos de profissão, o fotógrafo tem nas questões sociais e na ética a matéria-prima de sua documentação jornalística, principalmente na cobertura de conflitos urbanos das favelas cariocas. 


É considerado no Brasil e na Europa como um dos mais importantes fotojornalistas de hard news em atividade, estando na lista dos melhores fotógrafos de crimes urbanos reconhecidos pelo jornal inglês The Guardian. No currículo, estão passagens pelos jornais O Fluminense, A Noticia, O Povo, O Globo e, atualmente, no O Dia

Já conquistou prêmios consagrados, como o Nikon (91/92), o 6º Salão de Fotografia e o Líbero Badaró, dentre outros que o fizeram ser reconhecido mundialmente no mundo da reportagem fotográfica. Severino Silva acredita que a arte de fotografar vem de um dom e da união entre o olhar e a técnica.


Encerrada: Gervásio Baptista - de 28 de abril a 12 de maio

O baiano Gervásio Baptista deu seus primeiros cliques ainda aos 9 anos de idade, quando trabalhou no laboratório fotográfico de um amigo do pai. Nascido em Salvador, o repórter fotográfico soma em seu currículo fotos polêmicas de todos os presidentes nacionais, desde os anos 50, momentos inesquecíveis de copas do mundo e registros de fatos marcantes do cotidiano e da história nacional e mundial, como a Guerra do Vietnã.


A carreira sólida do fotojornalista iniciou nos anos 40, quando recebeu uma proposta de emprego de Assis Chateaubriant, depois de recusar-se a devolver um filme fotográfico contendo poses constrangedoras do empresário. Nessa trajetória, cobriu revoluções, guerras, idas e vindas de presidentes e regimes políticos. Entre suas principais fotos estão a de Juscelino Kubitschek com a cartola na mão, durante a inauguração de Brasília, e a polêmica foto de Tancredo Neves no hospital, após a cirurgia que o afastou da presidência.

Parte de sua obra se perdeu, mas, ainda hoje, aos 88 anos de idade, Gervásio Baptista continua a clicar as entranhas da história política nacional. Em 2008, o Supremo Tribunal Federal promoveu a exposição Gervásio Baptista - 50 anos de fotografia. As fotos expostas podem ser vistas no site do STF.