24 de julho de 2012

Olhares de Paulo Nunes dos Santos

Engajado nas questões sociais que presencia como fotojornalista, Paulo Nunes dos Santos produz vários vídeos, fazendo um apanhado com algumas das fotos que clica em áreas de conflito. No canal do fotojornalista, no YouTube, é possível conferir essas mini-produções, com temas diversos, como "Mulheres do mundo" e "Manifestação contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza". 

A exposição do fotojornalista, "Áreas de Conflito", estreia nessa sexta-feira, 27 de julho, na Galeria Olho de Águia. Esta é a primeira mostra da temporada com convidados internacionais do projeto Imagem sem Fronteiras. O lançamento começa às 21h. Visitação de 28 de julho a 25 de agosto, sempre de terça a sábado, das 10h às 12h e das 14h às 18h. Entrada franca.





19 de julho de 2012

Imagem sem Fronteiras inaugura temporada de exposições internacionais

O português Paulo Nunes dos Santos é o quarto convidado do projeto Imagem sem Fronteiras. Para inaugurar a temporada de exposições com profissionais extrangeiros, o fotógrafo e também jornalista exibirá na Galeria Olho de Águia a exposição “Áreas de Conflito”. São imagens de crises sociais e políticas registradas na Líbia, Egito, Sudão e Síria. Durante o lançamento da mostra, Paulo Nunes dos Santos, que atualmente mora na Irlanda, estará presente para conversar com o público e compartilhar detalhes sobre o trabalho fotojornalístico e as vivências em regiões de conflito e instabilidade política.

Mulheres de etnia Nuba buscam refúgio contra bombardeamentos dos 
aviões de guerra sudaneses, em cavernas das Montanhas Nuba - 28/04/2012

A exposição “Áreas de Conflito” é composta por oito imagens ampliadas e projeções visuais. O lançamento acontece no dia 27 de julho, às 21h, com entrada franca e aberta ao público. A visitação fica em cartaz de 28 de julho a 25 de agosto (terça a sábado), das 10h às 12h e das 14h às 18h. 

SERVIÇO
Imagem sem Fronteiras: Áreas de Conflito – Sudão, Síria, Egito e Líbia
Lançamento: 27 de julho (sexta-feira), às 21h
Visitação: de 28 de julho a 25 de agosto,  das 10h às 12h e das 14h às 18h  (de terça a sábado)
Local: Galeria Olho de Águia (CNF 01, Edifício Praiamar, Loja 12 – Taguatinga Norte)
Classificação indicativa: 14 anos
Entrada franca

16 de julho de 2012

Próxima exposição: Paulo Nunes dos Santos

No dia 27 de julho, começa a temporada de atrações internacionais no projeto Imagem sem Fronteiras. O português Paulo Nunes dos Santos, residente na Irlanda, lança na Galeria Olho de Águia a exposição Áreas de ConflitoEm breve, mais informações.

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4 de julho de 2012

Entrevista com Evandro Texeira

Evandro Teixeira é considerado um fotojornalista carioca. Sua ascenção na profissão, de fato, se deu na Cidade Maravilhosa, mas foi na sua terra natal, Bahia, que o fotógrafo iniciou a carreira. Nascido em Irajuba (BA) e tendo passado a adolescência em cidades baianas como Ipiau e Jequie, Evandro Teixeira conseguiu a primeira oportunidade dentro da reportagem fotográfica em 1957, no Diário de Notícias de Salvador (Diários Associados). Mais de 50 anos depois, o fotojornalista ultrapassou a geografia baiana e carioca e é hoje reconhecido em vários países. Nessa entrevista ao Imagem sem Fronteiras, Evandro Teixeira expõe parte do seu pensamento, alimentado diariamente pelo olhar fotográfico.

Exposição na Galeria Olho de Águia,
pelo Imagem sem Fronteiras

Como foi seu primeiro contato com o fotojornalismo?
Ainda na Bahia já me interessava pela fotografia. Foi lá que comecei a aprender a fotografar em Jequie, como Antenor Rocha, tio do cineasta Glauber Rocha, e com o Valter Lessa, do Jornal Jequie. Fiz cursos e contatos com profissionais. Zé Medeiros foi meu grande mestre. Mas eu queria ganhar a profissionalização e tinha muita ambição de conquistar o meu espaço. Decidi que o caminho era ir para o Rio de Janeiro.

E como foi essa caminhada no Rio de Janeiro, até chegar nos grandes jornais?
Meu primeiro emprego no Rio foi no Diário da Noite, em 1957. De lá, fui direto para o Jornal do Brasil, onde trabalhei por 47 anos. Foi lá que obtive a oportunidade de registrar grandes acontecimentos do Brasil e do mundo, uma vez que ainda não existiam as agências de notícias. Posso destacar o Golpe Militar de 1964, no Brasil, e o do Chile, em 1973. Além de fatos importantes políticos, tive grandes momentos de cobertura esportiva, como copas do mundo e olimpíadas.

Você foi o principal fotojornalista brasileiro a registrar a ditadura militar. Como era fotografar em meio à censura daquele regime?
Era complicado e bastante desafiador. A censura era enorme e não se podia registrar os fatos, mesmo que estivessem acontecendo no meio da rua. Naquela época, muitos jornalistas e outros formadores de opinião foram pegos e torturados, mas eu tive a sorte de conseguir trabalhar sem sofrer nada de grave. Meu acervo da época se tornou referência daquele momento no Brasil. Até hoje minhas fotos são procuradas por expositores, publicações, etc. A fotografia tem o poder de eternizar um momento. O fotojornalismo tem o objetivo de contextualizar um fato. Algumas imagens podem ser utilizadas como documentos/retratos de uma sociedade.

E a foto do Pablo Neruda morto. Você foi o único a registrá-lo. Conta um pouco sobre essa perspectiva do fotojornalista em estar no lugar certo e na hora certa.
O fotojornalista tem a função contextualizar um acontecimento, uma mudança de comportamento através das imagens. Este profissional deve servir como portador de uma informação em forma de imagem, que se torna capaz de resgatar um momento por muitos e muitos anos. Neste acontecimento, eu recebi uma informação de que o poeta estava internado em um determinado hospital. Fui atrás de checar a veracidade da informação e quando cheguei lá era o único no local. Fui logo registrando o fato antes de ser descoberto. Momentos depois, o poeta veio a falecer no mesmo hospital.

Você consegue escolher uma foto preferida entre todos os registros que fez até hoje? 
Gosto muito da foto "Casamento em Paraty", registrada em 1969. Trata se de um casal humilde na porta da igreja fechada. Sem pompas, sem festa e sem convidados.

Arquivo pessoal - Evandro Teixeira


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2 de julho de 2012

Lançamento da Exposição Evandro Teixeira

Foi contando causos fotográficos que Evandro Teixeira abriu o lançamento de sua exposição pelo projeto Imagem sem Fronteiras. A abertura da mostra contou com a presença de muitos fotojornalistas que foram prestigiar a presença dessa lenda viva da reportagem fotográfica brasileira e mundial.

Grande parte das imagens que compõem a exposição são de registros da ditadura militar no Brasil e de todos os envolvidos: militares, movimento estudantil, artistas e políticos. A mostra fica em cartaz até o dia 21 de julho, com entrada franca. Visitação aberta sempre das 10h ás 18h, na Galeria Olho de Águia.

Mais fotos em: www.facebook.com/imagemsemfronteiras

Fotos: Ivaldo Cavalcante