27 de novembro de 2012

Lançamento - Exposição Andrei Polikanov

É nessa sexta-feira, dia 30. Lançamento da exposição com Andrei Polikanov, editor de fotografia da Russian Reporter Magazine. Às 21h, na Galeria Olho de Águia. Entrada franca!




22 de novembro de 2012

Exposição com Andrei Polikanov

No dia 30 de novembro, sexta-feira, o Imagem sem Fronteiras lança exposição com Andre Polikanov, editor de fotografia da Russian Reporter Magazine. A mostra será composta por oito painéis e projeções visuais com consagradas capas editadas por Polikanov. São imagens selecionadas, registradas por grandes fotojornalistas internacionais, em diferentes coberturas. Durante lançamento, o russo, que é o segundo convidado internacional do Imagem sem Fronteiras, conversará com o público e falará sobre a experiência de selecionar os trabalhos de profissionais da reportagem fotográfica.


SERVIÇO

Exposição Andrei Polikanov 
Lançamento: 30 de novembro (sexta-feira), às 21h 
Visitação: de 1º a 20 de dezembro, das 10h às 12h e das 14h às 18h (de terça a sábado) 
Local: Galeria Olho de Águia (CNF 01, Edifício Praiamar, Loja 12 – Taguatinga Norte) 
Classificação indicativa: 14 anos 
Entrada franca





26 de outubro de 2012

A estrada da Imagem sem Fronteiras

É com a sede de levar a essência do fotojornalismo para Taguatinga que o Imagem sem Fronteiras se consolidou durante o ano de 2012. Com edições mensais realizadas desde abril deste ano, o projeto conseguiu levar repórteres fotógraficos de vários estados do país, e até de Portugal, para a Galeria Olho de Águia, localizada na Praça da CNF, em Taguatinga Norte. 

Sempre com entrada franca, a iniciativa instiga cada vez mais a comunidade que frequenta a praça para conhecer  a arte de fotografar. Além de unir, a cada lançamento de exposição, estudantes, profissionais, admiradores, vizinhança e os curiosos que vêem o movimento e a ambientação, não hesitando em entrar e curtir cada momento.

O Imagem sem Fronteiras, assim como a Galeria Olho de Águia, foi idealizado pelo fotojornalista Ivaldo Cavalcante, que nos anos 80 registrou a efervescência cultural e underground de Taguatinga. Em 8 anos de Galeria, o fotógrafo tem hoje dois sonhos realizados: seu espaço em funcionamento e garantindo eventos de qualidade para a comunidade, além da divulgação e da desmistificação do fazer fotojornalístico. 

Um dos convidados do projeto, o português Paulo Nunes dos Santos, afirmou ser uma honra ter sua primeira exposição no Brasil realizada em uma cidade tão diversa como Taguatinga. E a lista de expositores ainda não acabou. Até o fim do ano, as edições continuam e retornam em novembro, com boas surpresas. Aguardem!
 
Gervásio Batista

Severino Silva

Severino Silva

Paulo Nunes dos Santos

João Wainer

André Liohn

Lula Marques

1 de outubro de 2012

ADIADA: Próxima exposição - Yuri Kozyrev (Rússia)

Quem conhece, sabe que na profissão de fotojornalista sempre aparecem imprevistos. Por um desses imprevistos, a exposição com Yuri Kozyrev foi adiada e ainda não temos uma data definida. Em breve, divulgamos o novo dia do lançamento. Aguardem!!


24 de setembro de 2012

Entrevista com Lula Marques

Já somam 35 anos desde que Lula Marques ingressou como contínuo no Correio Braziliense, ainda aos 14 anos. Nessa caminhada, foram várias etapas e "promoções" profissionais dentro do mundo do fotojornalismo. Com um trabalho maduro e reconhecido, principalmente no cenário das coberturas políticas, Lula Marques é hoje o coordenador de fotografia da sucursal da Folha de S. Paulo, em Brasília. Como 7º convidado do projeto Imagem sem Fronteiras, o fotógrafo lança exposição na próxima sexta-feira, dia 28 de setembro, às 21h. Antes disso, nessa entrevista elecomenta sobre os capítulos que escreveu e registrou com a câmera na mão. 

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1. Conta um pouco sobre sua trajetória no fotojornalismo.  

Minha escola foi o dia a dia do jornal. Sempre me preocupei em aprender como era feito cada etapa e tive como escola o Correio Braziliense. Comecei a fotografar anos depois da morte do meu irmão Paulo Marques, que era editor de fotografia do Correio. Ainda nos anos 80, fui convidado por Tadashi Nakagomi, que tinha assumido o lugar do meu irmão. Aprendi a essência revelando e observando o estilo de cada fotógrafo. Fazia cobertura em todas as áreas. Depois de um tempo fotografando para as editoras de Cidades, Polícia e Shows, passei para a cobertura política, onde achei a minha praia. Anos depois, meu amigo Tadashi Nakacomi, que trabalhava na Folha de S. Paulo, veio a falecer em um acidente de carro e eu fui convidado para o lugar dele pelo fotógrafo Moreira Mariz. Trabalho desde 1987 na Folha e há 18 anos estou na coordenação da fotografia da sucursal de Brasília. 


2. Como é para você fotografar o cenário político e não envolver suas próprias convicções e ideais. Ou é inevitável envolvê-los? 

Primeiro, temos sangue correndo na veia e temos todos os tipos de sentimentos. Choramos atrás da câmera, temos ódio de certos políticos, principalmente com a arrogância e cara de pau pelas mentiras, mas também comemoramos muito quando podemos desmascarar com uma boa foto quem é o político para o Brasil. Porém, sempre mantemos esses sentimentos contidos. Quando temos certeza que estamos ali para registrar a história e que temos uma responsabilidade enorme com a realidade dos fatos, não podemos demonstrar o que estamos sentindo. Neste momento deixamos nossas convicções e ressaltamos aquilo que o homem mais precisa na vida: a ética. 



3. Em uma entrevista à Associação Brasileira de Imprensa, você criticou o “armação no fotojornalismo”. Explica o que significa esse termo e como ele acontece hoje em dia. 

É a cena que o fotógrafo combina com o personagem e diz o que ele tem que fazer. Armação é mentira da realidade e falta de respeito ao leitor. Os preguiçosos armam para não ter o perigo de perder o que é o momento mágico do fotojornalismo. Momento esse que jamais será questionado pelo leitor ou mesmo por um participante fotografado. Aqueles que se acham mais espertos do que os outros  esquecem de que a ética está a cima de tudo na vida. Um bom fotógrafo é aquele que nunca vai ter uma foto questionada, mesmo que seja por quem não entenda de fotografia. Para uma boa foto é necessária muita paciência, sorte, a lente certa, informação e, o mais importante, ética. 


4. A tecnologia das câmeras se desenvolveu, os jornais se modernizaram e a própria imprensa passou por modificações ao longo dos anos. Nesse panorama, quais as maiores diferenças que você percebe entre o fazer do fotojornalismo de hoje e nos anos 80?? 

Não desfazendo da nova geração, que acho que tem verdadeiros fotojornalistas, mas eu faço fotografia sabendo que não vou errar na captação da foto. Antigamente sabíamos que tínhamos feito a foto, mas só na hora que era revelado o filme podíamos comemorar. Sempre tenho a certeza que consegui fazer a foto naquele momento mágico que não vai se repetir (Quem fez fez. Quem não fez não faz mais!). Trabalhávamos com lentes sem foco automático, sem motor para virar o negativo dentro da câmara e, o pior, com filmes que tinham, no máximo, 36 fotogramas. Quando vejo a nova geração gastando um cartào de oito gigas, e muitas vezes não conseguem uma foto, fico achando que é preciso estudar mais e perguntar mais. Aprendemos aos perguntar e ao estudar, e não apertando o dedo no obturador. Hoje é muito fácil fotografar, mas precisamos saber o que é noticia. Não podemos sair com uma câmara na mão como se fosse uma metralhadora giratória e achar que somos um fotojornalista. Por outro lado, acho que nossa vida de fotógrafo facilitou muito com as novas tecnologias, carregamos menos peso e temos a facilidade de publicar em várias plataformas. Ficou fácil, muito fácil. 


5. Além de registros de políticos brasileiros, algumas fotos suas com personalidades de outros países ganharam destaque, como a conhecida imagem de Hugo Chaves como Mickey Mouse. Você já teve problemas ou sofreu retaliação por algum registro? 

Acho que sou odiado por alguns políticos brasileiros, mas minha energia é muito boa e não sou atingido. Quanto à foto do Hugo Chaves, foi a foto que tive meus 15 minutos de fama. Dei entrevista para jornais espanhóis e fui acusado de trabalhar para a CIA. Ainda falaram que a minha intenção era denegrir a imagem dele. Piada!!!! 


6. Há alguma história curiosa para você contar em relação às coberturas políticas? 

Vou deixar para a palestra! Ou podem comprar o meu livro que escrevi JUNTO com meus irmãos que também são fotógrafos, Alam Marques e Sergio Marques: “CAÇADORES DE LUZ”. 


7. Você consegue escolher uma foto preferida entre todos os registros que fez até hoje?

Sem dúvida, a comemoração dos 500 anos do Brasil, com o índio.




21 de setembro de 2012

Tá chegando! Lançamento na próxima sexta-feira, dia 28 de setembro, na Galeria Olho de Águia (Taguatinga Norte).

Entrada franca.


17 de setembro de 2012

Próxima exposição: Lula Marques - Um olhar ético sobre o fotojornalismo

Lula Marques, coordenador fotográfico da sucursal da Folha de S. Paulo em Brasília, é o 7º convidado do Imagem sem Fronteiras. No dia 28 de setembro, a partir das 21h, o fotojornalista lançará sua exposição, mostrando coberturas fotográficas que retratam o panorama político brasileiro desde o final do governo Figueiredo. Durante o evento, o fotógrafo realizará uma roda de conversa para compartilhar experiências sobre a profissão.


SERVIÇO

Imagem sem Fronteiras: “Lula Marques – Um olhar ético sobre o fotojornalismo”
Lançamento: 28 de setembro (sexta-feira), às 21h
Visitação: de 1º a 20 de outubro, das 10h às 12h e das 14h às 18h (de terça a sábado)
Local: Galeria Olho de Águia (CNF 01, Edifício Praiamar, Loja 12 – Taguatinga Norte)
Classificação indicativa: 14 anos
Entrada franca

3 de setembro de 2012

Exposição com André Liohn fica em cartaz até 25 de setembro

O mês de agosto fechou com maestria no Imagem sem Fronteiras. Na última quinta-feira, 30 de agosto, André Liohn lançou exposição na Galeria Olho de Águia. Como 6º convidado, o paulista de Botucatu dividiu com o público e colegas de profissão histórias sobre o trabalho como fotojornalista em zonas de guerra. Lihon também comentou sobre sua série premiada com um dos maiores prêmios de fotografia, o Robert Capa Gold Medal 2012. Parte da série está exposta na galeria em imagens ampliadas e outra é exibida em projeções visuais. 

A exposição de André Lihon permanece em cartaz até o dia 25 de setembro, de terça a sábado, das 10h às 12h e das 14h às 18h. A entrada é franca.

Mais fotos, na fan page: facebook.com/imagemsemfronteiras 

Foto: Ivaldo Cavalcante





29 de agosto de 2012

Vídeo de Andre Lihon mostra o perigo que equipes médicas enfrentam em zonas de guerra

Como fotógrafo em zonas de guerra, André Liohn acompanhou de perto os perigos que as equipes de assistência à saúde enfrentam nesses locais. Neste filme, rodado na Líbia, o fotojornalista revela situações de perigo real a que médicos e enfermeiros estão expostos durante operações de salvamento de feridos. O vídeo é uma iniciativa do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), instituição que aborda os impactos de atos ilegais no trabalho dos profissionais da saúde em zonas de conflitos armados.

A exposição com André Liohn, pelo projeto Imagem sem Fronteiras, começa na quinta-feira, dia 30 e agosto. O lançamento, com rodada de conversa entre o fotógrafo e o público, começa às 21h, na Galeria Olho de Águia. A entrada é franca. e aberta ao público.



22 de agosto de 2012

André Liohn no Roda Viva

No dia 30 de abril, uma semana após receber o Robert Capa Gold Medal 2012, André Liohn foi o entrevistado do programa Roda Vida, da TV Cultura. Durante a entrevista, Liohn fala sobre os perigos da profissão como fotógrafo de guerra, sobre suas ideologias e conta um pouco da sua história de vida, desde a época em que era um jovem de periferia, ainda em Botucatu (SP).

No dia 30 de agosto, o fotojornalista André Lihon estará na Galeria Olho de Águia para lançar sua exposição pelo Imagem sem Fronteiras e conversar com o público. Confira por ora como foi a entrevista e aguarde! 


15 de agosto de 2012

Próxima exposição: André Liohn - Ganhador do Robert Capa 2012

O fotojornalista André Liohn, ganhador do prestigiado Robert Capa Gold Medal 2012, é o 6º convidado do projeto Imagem sem Fronteiras. No dia 30 de agosto, o paulista lança exposição na Galeria Olho de Águia com imagens da séria premiada e outros registros da carreira. São cinco fotos ampliadas, captadas na cidade sitiada de Misrata (Líbia), além de projeções visuais. O lançamento começa às 21h, com entrada franca, e inclui uma roda de conversa entre o fotógrafo e o público.

Saiba mais obre André Liohn na nossa página de fotojornalistas convidados.

SERVIÇO
Imagem sem Fronteiras: Exposição André Liohn – Ganhador do Robert Capa Gold Medal
Lançamento: 30 de agosto (quinta-feira), às 21h
Visitação: de 31 de agosto a 25 de setembro, das 10h às 12h e das 14h às 18h (de terça a sábado)
Local: Galeria Olho de Águia (CNF 01, Edifício Praiamar, Loja 12 – Taguatinga Norte)
Classificação indicativa: 14 anos
Entrada franca

3 de agosto de 2012

João Wainer exibe no Imagem sem Fronteiras o doc "Pixo"

Em uma edição relâmpago, o projeto Imagem sem Fronteiras convida o fotojornalista e diretor João Wainer para apresentar a exibição do documentário “Pixo”. Durante o evento, haverá ainda exposição de alguns registros fotográficos, que integram a temática do vídeo. A sessão será realizada na próxima terça-feira, dia 7 de agosto, a partir das 21h, na Galeria Olho de Águia. A entrada é franca.

“Pixo” aborda a discussão sobre a pixação como expressão artística ou crime contra o patrimônio, a partir do registro pixadores em ações na Faculdade de Belas Artes e em outros prédios da cidade de São Paulo. O documentário tem produção do João Wainer e de seu irmão Roberto T. Oliveira e direção de arte de Alexandre Órion. Entre as participações, estão Jorge du Peixe, Racionais, Tejo Damasceno, Instituto e música inédita do rapper Sabotage, na trilha sonora.

Natural de São Paulo, João Wainer fotografa desde os 16 anos. A partir de novas tecnologias, com câmera que fotografam e filmam, começou a trabalhar com as duas linguagens. No Jornal Folha de São Paulo, onde hoje é editor de fotografia, iniciou suas primeiras experiências em 2010. É também diretor do documentário “A Ponte” e do vídeo “Marginália”, que foi exibido no Festival Reencontre d’Arles, na França. Suas fotos fazem parte da coleção Pirelli/MASP de Fotografia, desde 2008.


SERVIÇO

Imagem sem Fronteiras convida João Wainer – Exibição do documentário “Pixo”
Dia: 07 de agosto de 2012
Horário: 21h
Local: Galeria Olho de Águia - CNF 01, Edifício Praia Mar, Loja 12 – Praça da CNF (Taguatinga Norte)
Entrada: franca
Classificação indicativa: 16 anos

24 de julho de 2012

Olhares de Paulo Nunes dos Santos

Engajado nas questões sociais que presencia como fotojornalista, Paulo Nunes dos Santos produz vários vídeos, fazendo um apanhado com algumas das fotos que clica em áreas de conflito. No canal do fotojornalista, no YouTube, é possível conferir essas mini-produções, com temas diversos, como "Mulheres do mundo" e "Manifestação contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza". 

A exposição do fotojornalista, "Áreas de Conflito", estreia nessa sexta-feira, 27 de julho, na Galeria Olho de Águia. Esta é a primeira mostra da temporada com convidados internacionais do projeto Imagem sem Fronteiras. O lançamento começa às 21h. Visitação de 28 de julho a 25 de agosto, sempre de terça a sábado, das 10h às 12h e das 14h às 18h. Entrada franca.





19 de julho de 2012

Imagem sem Fronteiras inaugura temporada de exposições internacionais

O português Paulo Nunes dos Santos é o quarto convidado do projeto Imagem sem Fronteiras. Para inaugurar a temporada de exposições com profissionais extrangeiros, o fotógrafo e também jornalista exibirá na Galeria Olho de Águia a exposição “Áreas de Conflito”. São imagens de crises sociais e políticas registradas na Líbia, Egito, Sudão e Síria. Durante o lançamento da mostra, Paulo Nunes dos Santos, que atualmente mora na Irlanda, estará presente para conversar com o público e compartilhar detalhes sobre o trabalho fotojornalístico e as vivências em regiões de conflito e instabilidade política.

Mulheres de etnia Nuba buscam refúgio contra bombardeamentos dos 
aviões de guerra sudaneses, em cavernas das Montanhas Nuba - 28/04/2012

A exposição “Áreas de Conflito” é composta por oito imagens ampliadas e projeções visuais. O lançamento acontece no dia 27 de julho, às 21h, com entrada franca e aberta ao público. A visitação fica em cartaz de 28 de julho a 25 de agosto (terça a sábado), das 10h às 12h e das 14h às 18h. 

SERVIÇO
Imagem sem Fronteiras: Áreas de Conflito – Sudão, Síria, Egito e Líbia
Lançamento: 27 de julho (sexta-feira), às 21h
Visitação: de 28 de julho a 25 de agosto,  das 10h às 12h e das 14h às 18h  (de terça a sábado)
Local: Galeria Olho de Águia (CNF 01, Edifício Praiamar, Loja 12 – Taguatinga Norte)
Classificação indicativa: 14 anos
Entrada franca

16 de julho de 2012

Próxima exposição: Paulo Nunes dos Santos

No dia 27 de julho, começa a temporada de atrações internacionais no projeto Imagem sem Fronteiras. O português Paulo Nunes dos Santos, residente na Irlanda, lança na Galeria Olho de Águia a exposição Áreas de ConflitoEm breve, mais informações.

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4 de julho de 2012

Entrevista com Evandro Texeira

Evandro Teixeira é considerado um fotojornalista carioca. Sua ascenção na profissão, de fato, se deu na Cidade Maravilhosa, mas foi na sua terra natal, Bahia, que o fotógrafo iniciou a carreira. Nascido em Irajuba (BA) e tendo passado a adolescência em cidades baianas como Ipiau e Jequie, Evandro Teixeira conseguiu a primeira oportunidade dentro da reportagem fotográfica em 1957, no Diário de Notícias de Salvador (Diários Associados). Mais de 50 anos depois, o fotojornalista ultrapassou a geografia baiana e carioca e é hoje reconhecido em vários países. Nessa entrevista ao Imagem sem Fronteiras, Evandro Teixeira expõe parte do seu pensamento, alimentado diariamente pelo olhar fotográfico.

Exposição na Galeria Olho de Águia,
pelo Imagem sem Fronteiras

Como foi seu primeiro contato com o fotojornalismo?
Ainda na Bahia já me interessava pela fotografia. Foi lá que comecei a aprender a fotografar em Jequie, como Antenor Rocha, tio do cineasta Glauber Rocha, e com o Valter Lessa, do Jornal Jequie. Fiz cursos e contatos com profissionais. Zé Medeiros foi meu grande mestre. Mas eu queria ganhar a profissionalização e tinha muita ambição de conquistar o meu espaço. Decidi que o caminho era ir para o Rio de Janeiro.

E como foi essa caminhada no Rio de Janeiro, até chegar nos grandes jornais?
Meu primeiro emprego no Rio foi no Diário da Noite, em 1957. De lá, fui direto para o Jornal do Brasil, onde trabalhei por 47 anos. Foi lá que obtive a oportunidade de registrar grandes acontecimentos do Brasil e do mundo, uma vez que ainda não existiam as agências de notícias. Posso destacar o Golpe Militar de 1964, no Brasil, e o do Chile, em 1973. Além de fatos importantes políticos, tive grandes momentos de cobertura esportiva, como copas do mundo e olimpíadas.

Você foi o principal fotojornalista brasileiro a registrar a ditadura militar. Como era fotografar em meio à censura daquele regime?
Era complicado e bastante desafiador. A censura era enorme e não se podia registrar os fatos, mesmo que estivessem acontecendo no meio da rua. Naquela época, muitos jornalistas e outros formadores de opinião foram pegos e torturados, mas eu tive a sorte de conseguir trabalhar sem sofrer nada de grave. Meu acervo da época se tornou referência daquele momento no Brasil. Até hoje minhas fotos são procuradas por expositores, publicações, etc. A fotografia tem o poder de eternizar um momento. O fotojornalismo tem o objetivo de contextualizar um fato. Algumas imagens podem ser utilizadas como documentos/retratos de uma sociedade.

E a foto do Pablo Neruda morto. Você foi o único a registrá-lo. Conta um pouco sobre essa perspectiva do fotojornalista em estar no lugar certo e na hora certa.
O fotojornalista tem a função contextualizar um acontecimento, uma mudança de comportamento através das imagens. Este profissional deve servir como portador de uma informação em forma de imagem, que se torna capaz de resgatar um momento por muitos e muitos anos. Neste acontecimento, eu recebi uma informação de que o poeta estava internado em um determinado hospital. Fui atrás de checar a veracidade da informação e quando cheguei lá era o único no local. Fui logo registrando o fato antes de ser descoberto. Momentos depois, o poeta veio a falecer no mesmo hospital.

Você consegue escolher uma foto preferida entre todos os registros que fez até hoje? 
Gosto muito da foto "Casamento em Paraty", registrada em 1969. Trata se de um casal humilde na porta da igreja fechada. Sem pompas, sem festa e sem convidados.

Arquivo pessoal - Evandro Teixeira


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2 de julho de 2012

Lançamento da Exposição Evandro Teixeira

Foi contando causos fotográficos que Evandro Teixeira abriu o lançamento de sua exposição pelo projeto Imagem sem Fronteiras. A abertura da mostra contou com a presença de muitos fotojornalistas que foram prestigiar a presença dessa lenda viva da reportagem fotográfica brasileira e mundial.

Grande parte das imagens que compõem a exposição são de registros da ditadura militar no Brasil e de todos os envolvidos: militares, movimento estudantil, artistas e políticos. A mostra fica em cartaz até o dia 21 de julho, com entrada franca. Visitação aberta sempre das 10h ás 18h, na Galeria Olho de Águia.

Mais fotos em: www.facebook.com/imagemsemfronteiras

Fotos: Ivaldo Cavalcante








20 de junho de 2012

Olhares de Evandro Teixeira

Nesse vídeo, com imagens do Centro de Pesquisa e Documentação do Jornal do Brasil (CPDoc JB), é possível conhecer alguns dos registros que tornaram Evandro Teixeira um dos maiores fotojornalistas em atividade no Brasil e no mundo.

Lembrando que o fotojornalista estará presente no lançamento da sua exposição pelo projeto Imagem sem Fronteiras. Dia 29 de junho, às 21h, na Galeria Olho de Águia, com entrada franca.



18 de junho de 2012

Exposição Evandro Teixera estreia dia 29/06

Evandro Teixeira nasceu em Irajuba, interior da Bahia, em 1935. Desde o início da carreira, em 1957, foram centenas de coberturas, premiações internacionais, seis livros publicados e dezenas de exposições. Em 1994, teve seu currículo incluído na Enciclopédia Suíça de Fotografia e, em 2004, sua vida e obra foram retratadas no documentário “Evandro Teixeira: Instantâneos da Realidade”. Recebeu premiações da Unesco, da Nikon e da Sociedade Interamericana de Imprensa. Desde 1963, fotografa para o Jornal do Brasil.

"A queda da moto" é uma das fotos mais
premiadas de Evandro Teixeira

Esse é o terceiro convidado do projeto Imagem sem Fronteiras. A exposição do fotojornalista estreia no dia 29 de junho e fica em cartaz até 21 de julho. Parte do acervo que estará na mostra circulou por cidades nacionais e internacionais, em exposições, museus e livros. A exposição é aberta ao público, com a presença de Evandro Teixeira no lançamento. A mostra inclui extensos painéis com fotografias ampliadas e projeções visuais.

SERVIÇO

Imagem sem Fronteiras: Exposição com Evandro Teixeira
Lançamento: 29 de junho (sexta-feira), às 21h
Visitação: de 30 de junho a 21 de julho, das 10h às 18h (de terça a sábado)
Local: Galeria Olho de Águia (CNF 01, Edifício Praiamar, Loja 12 ­– Taguatinga Norte)
Classificação indicativa: 12 anos
Entrada franca

29 de maio de 2012

Exposição Severino Silva fica em cartaz até 9 de junho

Na última sexta-feira, dia 25 de maio, o fotojornalista Severino Silva esteve presente na Galeria Olhio de Águia para o lançamento da sua exposição, a segunda do projeto Imagem sem Fronteiras: "Severino Silva - Fotógrafo de Guerra". O evento foi aberto ao público e contou com a presença de profissionais da área, estudantes, comunidade e interessados no trabalho desse grande fotógrafo brasileiro.

Em sua vinda a Taguatinga, cidade onde são realizadas as exposições do Imagem sem Fronteiras, Severino comrtilhou ao vivo com o público um pouco da sua trajetória na reportagem fotográfica e concedeu entrevista ao programa Diplomacia, da TV Senado. O episódio da entrevista vai ao ar em julho. Em breve, postamos aqui no blog do projeto.

A exposição "Severino Silva - Fotógrafo de Guerra" continua em cartaz até o dia 9 de junho. Visitações: de terça a sábado, sempre de 10h às 18h, com entrada franca. Na Galeria Olho de Águia (CNF 01, Edifício Praiamar - Taguatinga Norte).

Fotos: Ivaldo Cavalcante












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21 de maio de 2012

Entrevista com Severino Silva

Desde a infância em Pirirpituba, na Paraíba, Severino Silva põe em prática seu olhar fotográfico. Já nessa época, referências simples viravam objeto de observação: como as frestas de luz que reluziam entre as palhas do telhado de casa, formando desenhos na sala. Da infância, o papel de observador ganhou um caráter mais sério e profissional, transformando Severino Silva em um dos principais fotojornalistas do Rio de Janeiro e do País, com reconhecimento internacional. Nessa breve entrevista ao Imagem sem Fronteiras, o fotógrafo fala um pouco sobre o que motiva o seu trabalho e sobre a singularidade da profissão.


Como e onde foi o início da sua carreira no fotojornalismo?

Comecei no jornal O Globo como contínuo, mas quando entrei eu já tinha o objetivo de ser fotógrafo. Pensava que se estivesse perto dos fotógrafos eu poderia aprender a profissão. Fiz um curso de fotografia no Liceu de Artes e Ofícios e comecei a sair nas pautas com, tendo a oportunidade de ver o trabalho de cada um. Minha primeira foto foi sobre estacionamentos irregulares, publicada no jornal de bairros do O Globo.

Como surgiu na sua trajetória a especialidade de fotografar conflitos urbanos armados?

Não me considero um especialista em fotos de conflitos urbanos. O que faço é cumprir a pauta que me é dada quando chego para trabalhar no jornal.

Como é sua relação com os dois extremos? Polícia e criminosos?

Acredito que para realizar bem meu trabalho como repórter fotográfico eu devo respeitar os envolvidos na cena que vou fotografar. No caso dos conflitos entre policiais e bandidos, não é meu papel julgar e sim passar minha emoção através da fotografia.

E as coberturas de procissões religiosas?

Comecei a fazer um trabalho relacionado à fé depois de cobrir festas religiosas, como a de São Sebastião, que é o padroeiro do Rio de Janeiro, a de São Jorge e as oferendas para Iemanjá nas festas de final de ano. Desenvolvo atualmente um projeto cujo tema é “Fé, luz e sombra”.

Hoje, com tantos aparelhos tecnológicos, muitas pessoas fotografam fatos cotidianos,que repercutem na mídia. Como você avalia o futuro do fotojornalismo?

Precisamos fazer a diferença entre fotojornalismo e registros fotográficos. Dessa forma não vejo nenhuma ameaça vinda das fotos de celulares e outras mídias. Acho que é muito enriquecedor para a sociedade que as pessoas participem, que fotografem de seus celulares e mandem seu registro para o jornal, para a televisão. Em uma cidade grande, onde o trânsito é muito intenso, às vezes não dá tempo de chegar ao local onde acabou de acontecer um fato jornalístico. Acho importante que esse registro possa ser feito por alguém que estava passando por lá, por exemplo.

Como você encontra equilíbrio emocional para fotografar em ambientes violentos e perigosos? O medo ou algum outro sentimento já atrapalhou?

Quando chego em um tiroteio eu tenho medo sim, quem diz que não tem medo deveria começar a ter (risos). O medo é um sentimento natural para nos manter vivos. Procuro um local seguro e com um bom ângulo. Claro, que nem sempre isso é possível. Mas a experiência ajuda bastante e com o tempo dá para ver a foto, ouvir os tiros, apertar o botão e agradecer a Deus por mais um dia de trabalho.

Qual a dica que você dá para aqueles que desejam trabalhar com a reportagem fotográfica?

Acredito que a disciplina, a vontade de aprender e muita força de vontade são fundamentais para o desempenho de qualquer profissão. É preciso não desistir, porque as dificuldades são muitas, mas é assim em qualquer profissão.